terça-feira, 18 de março de 2014

Aprenda a programar em apenas um ano com a Codecademy

(Foto: divulgação) Em qualquer lista de profissões do futuro, lá estão os cargos destinados às pessoas com conhecimento de programação de sites, softwares e aplicativos móveis. A demanda cresce cada vez mais, mas ganhar proficiência nesse tipo de linguagem exigia até hoje uma imersão grande em livros e sites pouco didáticos e difíceis para quem não tem pelo menos algumas noções básicas da arquitetura da internet e da tecnologia no geral. É justamente isso que espera mudar a Codecademy, uma startup fundada em Nova York e que quer democratizar programação. Fundada por dois ex-colegas da universidade de Columbia, Zach Sims e Ryan Bubinski, a empresa já angariou US$ 12,5 milhões em fundos de capital para expandir seu curso gratuito de ensino de código e traduzi-lo para outras línguas além do inglês.
Reprodução A companhia promete ensinar os padrões básicos das principais linguagens – HTML, CSS e JavaScript - em um plano de um ano, o chamado Code Year. Trata-se de um método inovador, que usa conceitos extraídos dos games para manter a atenção dos alunos e que pode finalmente tirar esses conhecimentos do gueto técnico. O método da Codecademy é mais interativo e divertido do que as opções que já existiam no mercado, adotando conceitos da chamada 'gamificação' como a distribuição de badges ao final de cada lição e outras estratégias de engajamento. Até o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou que se tornaria aluno. O software desenvolvido introduz o mundo da tecnologia da informação na prática, pedindo ao aluno que realize pequenas tarefas para se familiarizar com a escrita de código e que o faça no seu próprio ritmo.
Reprodução Escritório da Codecademy em Nova York (Foto: Divulgação) Os dois fundadores da empresa acreditam que todos, mesmo aqueles que não esperam trabalhar com internet, deveriam saber ao menos os conceitos principais da construção da web. Como a internet não parece que abrirá espaço para outra rede de comunicação tão cedo, resta-nos programá-la ou sermos programados. "Escrever código é uma alfabetização para o século 21", afirma Zach Zims, co-criador do projeto, na entrevista ao Olhar Digital que você lê abaixo: Quando e por que vocês decidiram abrir a Codecademy? Qual a situação atual da companhia? A companhia foi fundada em agosto de 2011. Desde então, conseguimos levantar US$ 12,5 milhões de financiadoras como Union Square, Kleiner Perkins, Index Ventures e outras, e hoje empregamos dez pessoas full time. Milhões de pessoas já se cadastraram para participar dos nossos cursos. Como se deu a criação do software de ensino? Nós mesmos desenvolvemos o método. Queríamos criar uma experiência mais interessante e que prendesse mais as pessoas. Começamos a empresa para resolver os nossos próprios problemas. Eu estava aprendendo a programar e quando comecei a trabalhar em alguns projetos com o Ryan, que já havia ensinado código na época que ambos éramos estudantes de Columbia. Criamos a Codecademy porque eu queria construir uma melhor experiência de aprendizado para mim mesmo e uma melhor experiência de ensino para o Ryan. Por que vocês consideram necessário que qualquer pessoa, mesmo aquela que não é particularmente interessada em internet, deva aprender código? A programação faz as pessoas descobrirem o pensamento o algorítmico – e isso é bem maior do que só aprender código. Isso significa pensar na vida como um programa e nos meios de hackeá-la, torná-la mais simples e usar o raciocínio crítico. Além disso, saber programação permite que a pessoa se torne uma empreendedora e também a encontrar mais oportunidades de trabalho. O site continuará gratuito ou vocês têm planos de criar especializações pagas? No momento, não pensamos nisso, queremos manter o site gratuito. Estamos focados em criar um melhor processo de aprendizado para os nossos usuários e expandir nossas atividades. Vocês planejam traduzir mais cursos para o português? Temos muitos usuários brasileiros e já contamos com alguns cursos traduzidos para o português, está nos nossos planos ampliar isso. Todas as nossas traduções são feitas pelos próprios usuários, então, se você que está lendo essa entrevista quiser nos ajudar, mande-nos um e-mail ou fale conosco através do site.

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