domingo, 24 de fevereiro de 2013

Cinco inovações que mudarão as nossas vidas nos próximos cinco anos

Seremos capazes de tocar a partir de um smartphone

2012-12-17
Sistemas serão capazes de reconhecer conteúdo de dados visuais
Sistemas serão capazes de reconhecer conteúdo de dados visuais
A «IBM 5 in 5» é uma lista de inovações que têm o potencial de mudar a forma como as pessoas irão trabalhar, viver e interagir nos próximos cinco anos e a empresa considera que o ponto alto será a exploração de novas fronteiras com os cinco sentidos humanos. Para tal, os cientistas da IBM estão a desenvolver novas aplicações e consideram que os avanços tecnológicos marcarão a nova era dos sistemas cognitivos quando os computadores conseguirem, à sua maneira, ver, cheirar, tocar, saborear e ouvir.

Os desafios propostos na lista «IBM 5 in 5» passarão pelo facto de seremos capazes de tocar a partir de um smartphone, de ver muito mais para além de um pixel, os computadores passarão a ter a capacidade de ouvir o que é importante, o paladar digital vai ajudar a comer de forma mais inteligente, as máquinas conseguirão capturar e identificar cheiros.
Robyn Schwartz, directora-associada do departamento de vendas da IBM, prevê que os ecrãs tácteis de telemóveis tenham “funcionalidades de vibração para cada objecto, recebendo um conjunto único de padrões de vibração correspondente a cada um. O padrão de vibração vai diferenciar a seda do linho ou do algodão, ajudando a simular a sensação física de realmente tocar no objecto”.

Os cientistas da IBM estão a desenvolver aplicações para sectores como o do retalho e o da saúde, usando a ciência háptica, ou seja, tecnologias de infravermelhos e pressão sensitiva que simulam o toque. É como sentir a textura de um tecido, bastando para tal passar os dedos pelo item que está no ecrã de um dispositivo.

Hoje, os computadores só percepcionam imagens através do texto, para as identificar ou para lhe dar um título; a maioria da informação ainda é um mistério. John Smith, responsável pelo departamento de informação inteligente, considera que nos próximos cinco anos, “os sistemas não só serão capazes de ver e reconhecer o conteúdo de imagens e de dados visuais, como conseguirão dar um significado aos pixéis, à semelhança do que fazem os seres humanos para interpretar uma fotografia”. No futuro, as capacidades de comparação e associação vão permitir que os computadores consigam analisar características como a cor, padrões de textura e informação exterior e extrair conhecimento dos formatos visuais. Isto terá um impacto profundo em sectores como a saúde, o retalho e a agricultura.

Na saúde

Avanços tecnológicos marcarão a nova era dos sistemas cognitivos
Avanços tecnológicos marcarão a nova era dos sistemas cognitivos
Espera-se, inclusivamente, que estes recursos sejam colocados à disposição da saúde, dando sentido ao volume massivo de informação médica, como ressonâncias magnéticas, tomografias computadorizadas, raios-X e imagens de ultrassom, para capturar dados referentes a uma anatomia em particular e a determinadas patologias. O que é realmente importante nestas imagens pode ser tão subtil ou invisível que é difícil de detectar pelo olho humano, o que requer uma avaliação cuidadosa. Ao serem configurados para segmentar o que se deve procurar nas imagens – diferenciar, por exemplo, o tecido saudável do doente – e correlacionar essa informação com registos de pacientes e com o que figura na literatura científica, os sistemas que conseguirão "ver" vão ajudar os médicos a detectar problemas de saúde a uma velocidade muito maior e com mais precisão.

Detectar som e experimentar sabores

Outra das previsões refere um sistema distribuído de sensores inteligentes que irá detectar elementos do som, como a pressão sonora, as vibrações e as ondas sonoras em diferentes frequências. Este sistema será capaz de interpretar esses dados para prever, por exemplo, quando uma árvore está prestes a cair numa floresta ou quando um deslizamento de terra é iminente. Tal sistema irá "ouvir" o ambiente que nos rodeia e avaliar movimentos, de modo a avisar-nos que o perigo está à nossa frente.

O sistema que recebe os dados terá em consideração outros "modelos", como a informação visual ou táctil, e passará a classificar e a interpretar os sons com base no que já aprendeu. Por exemplo, “a fala do bebé" será estabelecida como uma linguagem, ao dizer aos pais e aos médicos o que as crianças estão a tentar comunicar. Os sons podem ser uma forma de interpretar o comportamento de um bebé e as suas necessidades, referindo informação sensorial e fisiológica, como a frequência cardíaca, o pulso e a temperatura.

Dentro de cinco anos, haverá tecnologia que irá analisar odores
Dentro de cinco anos, haverá tecnologia que irá analisar odores
O trabalho destes investigadores está também debruçado sobre um sistema computacional que realmente experimenta o sabor, para ser usado por chefes de cozinha de modo a criarem as receitas mais saborosas. Esta descoberta vai usar os ingredientes ao nível molecular e misturar a química dos compostos alimentares com a psicologia por detrás dos sabores e dos cheiros preferidos. A tecnologia poderá ser usada para ajudar a comer de uma forma mais saudável, criando novas combinações juntando, por exemplo, castanhas assadas com outros alimentos, como caviar cozido, beterraba doce e fazendo-nos querer uma taça de vegetais em vez de batatas fritas.

O computador será capaz de utilizar os algoritmos para determinar de forma precisa a estrutura química dos alimentos e o porquê de preferirmos certos sabores em relação a outros. Esses algoritmos conseguirão analisar como é que químicos interagem entre si, qual a complexidade molecular dos compostos do sabor e a sua estrutura de ligação, e usar essa informação, juntamente com os modelos de percepção, para prever a tendência de sabores. No caso de pessoas com necessidades alimentares especiais, como os diabéticos, a ideia seria desenvolver sabores e receitas que mantenham regulados os níveis de açúcar no sangue, satisfazendo ao mesmo tempo o paladar com um toque adocicado.

Análise de odores

Segundo Hendrik F. Hamann, cientista da IBM, dentro de cinco anos, os smartphones (e outras tecnologias) serão capazes de analisar os milhares de moléculas que expelimos a cada respiração e identificar se estamos a ficar doentes, antes de acontecer de facto. O frio é um exemplo óbvio, mas Hamann diz que a tecnologia que irá analisar odores, biomarcadores e milhares de moléculas provenientes da respiração pode funcionar também “para o diagnóstico de disfunções renais ou hepáticas, diabetes, asma e epilepsia, entre outros problemas”.

Devido aos avanços em sensores e tecnologias de comunicação, em combinação com os sistemas de aprendizagem, os sensores podem medir dados em lugares que nunca se pensou ser possível. Por exemplo, os sistemas computacionais podem ser usados na agricultura para "cheirar" ou analisar a condição do solo para plantações. Em ambientes urbanos, esta tecnologia vai ser usada para monitorizar problemas como o saneamento e a poluição – ajudando os responsáveis municipais a detectar potenciais problemas antes que estes saiam do controlo das autoridades.

Hernane Eduardo.Engenharia Mecanica 1°P.Turma B.

Um comentário:

  1. Caro Hernane, gostei muito da matéria, porém da próxima vez, elabore um post de sua autoria (em escrita conectiva) sobre a matéria e coloque o link para a matéria completa!!

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