Trechos retirados da Revista Veja 15/05/13
Na tarde de 6 de maio de 2010 o mercado financeiro em NY começou
a despencar. O índice Dow Jones, que mede o desempenho das ações das 30 maiores
empresas americanas, entrou em queda livre sem que ninguém entendesse a razão.
Eram 14h42. Raramente a Bolsa oscila mais de 300 pontos durante o dia inteiro.
Naquela tarde, as 14h47, apenas cinco minutos depois do começo da queda, o índice
já havia desabado 700 pontos, deflagrando uma onda de pânico entre os investidores.
Era então, e ainda hoje é, a maior queda da historia em tão pouco tempo. Quase 1
trilhão de dólares viraram pó em questão de segundos. De repente, sem razão
aparente, o índice voltou a subir. Em um minuto, o Dow Jones estava no patamar
normal. O caso ficou conhecido como o Crash-Relâmpago da Bolsa de NY.
Tocando fogo nos bastidores da crise, não havia centenas de nervosos
investidores, nem multidões de operadores do mercado disputando lances
freneticamente. Havia algoritmos, apenas algoritmos! Esses diretores invisíveis
que silenciosa e incessantemente executam tarefas executam tarefas no universo
digital.
Contra o Terrorismo
Em 2007, o aeroporto de Los Angeles começou a utilizar
algoritmos baseados na Teoria dos Jogos para orientar seu esquema de segurança contra
possíveis ataques terroristas. Inspirado em algoritmos usados para o pôquer –
nos quais desconhecem o próximo movimento do adversário --, o professor Milind
Tambe, da Universidade do Sul da Califórnia, criou o programa que examina os
planos que os terroristas podem considerar as suas melhores opções em termos de
destruição e morte. E, com base nisso, orienta decisões. A idéia esta se
espalhando por outros aeroportos e também começou a ser aplicada na área de segurança
e transporte.
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